Answer the darkness where you've been spot in
Light now begins
The chaos within
Lite the flame
This is the start of a new something...
It's gonna break down the doors, it's gonna break down the floors
Com os textos publicados no orkut, Gianfranco Di Ficchiano ganha bastante espaço como ídolo construído e/ou legitimado pelos usuários – tanto como personagem ou peça dos jogos unilaterais. Através da sua presença única, ele convoca os usuários a fazerem o que ele bem entende.
Seus convites permanecem sempre, pois, possuem uma dose exagerada de sedução. Este poder de sedução do ídolo orkutiano esta justamente na imagem que ele é capaz de engendrar, constituída sempre pelo visual – cada parte de seus textos é o reflexo de uma encenação midiatizada. As massas tem seus imaginários permeado pelo ídolo, este mesmo que sem querer articula fantasias e ilusões no mesmo e, em muitos casos, um convite ao voyeurismo (Efecincopatia). A sedução sempre adquire exito a medida em que é articulada como virtude, por tornar-se apreensão em imagem – em pontos – virtude que não é verdadeira mas também não é falsa e, como tal, é capaz de ativar mecanismos de prazer, da ordem do ritual, da fantasia, do lúdico.
Nessa via é interessante incluir, também, que Gianfranco remete os usuários aos olimpianos, se impondo como novo deus da mídia, que mistura o humano e o divino, por isso, multiplica as relações humanas com os usuários. Parece estar ai o mistério estimulador: humano e divino reunidos em um mesmo sujeito.
Os sentidos construídos por este ídolo orkutiano concedem-lhe uma aura especial, que ajuda a sustentar o seu magnetismo. Há algo que o envolve, que esta aquém do palpável e além do humano.
Abrindo espaço , não somente para a sua mitificação, para a possibilidade de criar vínculos de identidade marcante. Permite que os usuários orkutianos encontrem, em algumas de suas manifestações, partes de si mesmos – ou que gostariam que fossem – e parte de outros que também os encantam. Sobressaem-se, principalmente, aquelas formas que trabalham com o imaginário, com a identificação e a projeção.
Esta carência coletiva por novos ídolos não é um fenômeno recente. Os antigos romanos, em tempos de crise, de grande agitação popular utilizavam-se do indigitamenta, um rito que consistia em criar novas divindades. Com isso buscavam apaziguar a alteração do animo coletivo e desfazer as tensões sociais.